, , ,

Consumidor do Futuro: entenda quais são os perfis e o que cada um deles aspira consumir

13 minutos de leitura

Gostou? Compartilhe!

As necessidades e exigências dos consumidores estão em constante mudança, e para qualquer marca que deseja permanecer relevante no futuro, é fundamental equilibrar essas necessidades atuais com as expectativas futuras do negócio.

Para isso, é indispensável se atentar às tendências de mercado e ao perfil de consumidor ideal para a sua empresa, para que assim você se comunique e se conecte com as pessoas certas, utilizando a abordagem adequada.

Visando otimizar os planos de ações das organizações e mapear o perfil de cliente ideal das empresas, a WGSN Insight identificou 4 perfis de consumidores que devem ser priorizados daqui para frente, chamados de consumidores do futuro. Dos Reguladores aos Conectores, passando pelos Construtores de memórias e por fim, os Neo-sensorialistas. O ponto de intersecção entre todos os grupos é a necessidade de realinhamento e planejamento, depois de uma onda de mudanças intensas que vêm acontecendo nestes últimos dois anos.

Para entender melhor sobre os 4 perfis de consumidor e as tendências de consumo que a sua empresa deverá se atentar em 2023 e 2024, continue lendo o texto!

Consumidor do Futuro: entenda quais são os perfis e o que cada um deles aspira consumir

Sentimentos do Consumidor

Primeiramente, precisamos falar sobre os principais sentimentos e sensações que dominarão o mercado de massa até 2024. São eles que vão guiar o comportamento e as tendências dos consumidores que serão abordadas no decorrer do texto: Confira:

Choque com o futuro

O termo foi criado por Alvin Toffler e Adelaide Farrell em seu livro “Future Shock” em 1972. Ele descreve a paralisia social e emocional causada pelo estresse e confusão gerados pela magnitude e velocidade das mudanças no mundo atual. Devido às novas rotinas, ao isolamento social e ao novo equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a necessidade de se manter em constante multitarefa aumentou, assim como, a ansiedade e apreensão.

Além disso, a percepção de tempo das pessoas está mais acelerada por conta da fusão de realidades e excesso de estímulos, principalmente para aqueles que experienciam constantemente realidades virtuais.

Excesso de estímulos

O boom da digitalização, a conectividade contínua e as demais mudanças causadas pela pandemia, conhecida como “revolução sensorial” pelo historiador Mark Smith, estão gerando um excesso de estímulos. O isolamento e os novos padrões de trabalho e comportamento social causaram mudanças que exigem que os sentidos se adaptem rapidamente.

Somado a isso, esse excesso de informações a todo momento, gerou também um senso de urgência. Pessoas do mundo todo disseram que antes era comum assistirem a vídeos entre 10 e 30 minutos, mas que agora perdiam o interesse em questão de minutos.

Ademais, a riqueza dos algoritmos que as redes sociais possuem permite que você fique cada vez mais navegando em suas plataformas, o que aumenta ainda mais a sobrecarga. Até 2024, espera-se que o equilíbrio sensorial seja um antídoto desse sentimento.

Otimismo realista

O otimismo realista, identificado pelo psicólogo Viktor Frankl, busca encontrar propósito em meio às tragédias inevitáveis da vida. Estudos sobre os efeitos pós-traumáticos revelam que as pessoas são capazes de desenvolver sentimentos positivos em momentos difíceis, pois o importante não é o evento traumático em si, mas como ele é processado. Por isso, este sentimento está sendo muito observado no momento pós pandêmico, com uma pressão da “cultura da superação” para retornar à vida normal que já não corresponde mais às expectativas das pessoas.

No Brasil, um estudo feito com adultos no Rio Grande do Sul apontou que os sintomas de depressão e ansiedade cresceram 6,6 e 7,4 vezes, respectivamente, em junho e julho de 2020, em comparação ao pré-pandemia.

Como consequência disso, as pessoas estão buscando o autocuidado – mais de 20 bilhões de pessoas assistiram a vídeos com a hashtag #selfcare no TikTok e há mais de 60 milhões de postagens #selfcare no Instagram. Além do mais, as pessoas mostraram-se mais conscientes acerca de assuntos relacionados à sustentabilidade e ao meio ambiente.

Encantamento

De acordo com o professor de Psicologia da Universidade de Michigan, Ethan Kross, o encantamento é descrito como “a sensação de arrebatamento que sentimos quando nos deparamos com algo tão poderoso que é difícil de explicar”. Ele é um misto de medo e admiração e tem sido negligenciado nos últimos dois anos, com as pessoas priorizando a estabilidade e a sobrevivência.

Nessa perspectiva, cientistas acreditam que o encantamento pode ter sido crucial para a evolução humana, ajudando a promover a cooperação em grupo. O encantamento diminui a perspectiva do ‘eu’ e ajuda a expandir o mundo e o pensamento coletivo, essencial para a reconstrução pós pandemia.

Um estudo do Laboratório de Neuropsicologia e Tecnologia Aplicada de Milão descobriu que as experiências diárias de encantamento podem ajudar a reduzir a depressão. Tais experiências podem ser desde andar em meio a natureza ou escutar uma música nova. Nesse sentido, essas pequenas ações estão cada vez mais sendo valorizadas e serão determinantes na construção do consumidor do futuro.

4 perfis do consumidor do futuro

Através desse estudo e dos sentimentos do bloco anterior, foram identificados 4 perfis de consumidores que devem ser priorizados no mercado do futuro. Veja quais são:

Perfil de Consumidor 1: Reguladores

Depois de lidar com incertezas e transformações significativas por um longo período, esse grupo tem encontrado estabilidade como uma estratégia para se manter. Estudos sugerem que, para os reguladores, a incerteza é mais desafiadora do que saber que algo ruim vai acontecer. Isso se deve a questão do controle, pois é mais fácil lidar com uma situação quando temos a capacidade de controlá-la.

Os reguladores são compostos majoritariamente pela Geração X (50 e 65 anos) e, por esse motivo, estão sendo afetados intensamente pela névoa cerebral, dificuldade de processar toda a sobrecarga de dados do mundo atual. A quantidade de informações que as pessoas são expostas todos os dias causa este fenômeno. A exemplo disso, uma estatística da Nex Tech apontou que 2,5 quintilhões de bytes de dados são criados todos os dias em 2021, e 90% dos dados disponíveis no mundo todo foram criados nos últimos dois anos.

As pequenas mudanças do dia a dia geram uma vida estressante e cansativa para os reguladores. Portanto, o grupo prefere sempre as situações mais fáceis e controláveis. Isso deu origem à tendências de consumo deste perfil:

  • Compras Grab-and-Go, alinhada à praticidade e agilidade;
  • Comércio por voz e TV commerce, conectada à tecnologia smart.

Perfil de Consumidor 2: Conectores

As gerações mais jovens estão tendo menos filhos, preferem morar com amigos e trocam de emprego frequentemente. Eles são responsáveis pelo esfriamento de diversos nichos e estão em um período de ‘destruição criativa’, o que na verdade só resulta em mais empreendedorismo e oportunidades. Isso tem um impacto significativo no mundo corporativo e no equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional.

A busca excessiva por produtividade durante a pandemia levou ao aumento do burnout e a Conectores questionando essa cultura obcecada pela produtividade. Antes da quarentena, ter uma agenda lotada era visto como status, mas agora, o sinônimo de luxo é ter um equilíbrio no trabalho e tempo para poder focar em outras prioridades.

Assim, os conectores exigem que as empresas ofereçam ambientes de trabalho flexíveis, priorizem a saúde mental, permitam que as pessoas trabalhem de onde quiserem e estimulem os interesses delas por outros temas. Dessa forma, algumas tendências deste perfil são:

  • Soluções compartilhadas de espaço de trabalho, moradias e até carros;
  • Tecnologia de rastreamento e autenticidade de produtos, alinhado à sustentabilidade e consciência de uso;
  • Empresas descentralizadas, onde as decisões são feitas coletivamente.

Perfil de Consumidor 3: Construtores de Memória

Depois de muitas mudanças e 2 anos intensos de pandemia, o mecanismo de enfrentamento deste perfil tem sido ancorar-se no passado, pois é imutável e estável. No entanto, muitos que estão se voltando ao passado para esquecer do presente sofrem com sentimentos de culpa e remorso. E este sentimento está levando os construtores de memórias a buscar compensar o tempo e mesmo as memórias perdidas. 

Além disso, mais um desafio na vida deste perfil é investir tempo no que realmente vale a pena, ou seja, enxugar as relações para o que importa, não é sobre mais relacionamentos, mas relacionamentos melhores. É nesse sentido que houve a desestruturação de diversos conceitos, como a família e trabalho. E, com isso, o surgimento de novas tendências de consumo:

  • Economia do autocuidado e bem-estar que permitam o bom envelhecimento;
  • Valorização do design e estética, atração pelo aspecto visual;
  •  Compras coletivas e personalizadas.

Perfil de Consumidor 4: Neo-sensorialistas

Os Neo-sensorialistas são um grupo de consumidores que adotam uma abordagem mais rápida e híbrida em relação à “internet de tudo”. Representam a geração Z e Alpha (entre 10 e 30 anos) e buscam integrar tecnologias como criptomoedas, metaverso e NFTs em sua vida cotidiana, ao invés de terem medo dessa evolução tecnológica. Eles investem em novas possibilidades e sentem esperança em vez de receio. 

Para os neo-sensorialistas, a Web3 é fundamental para um metaverso justo, com aplicativos descentralizados e propriedade de dados digitais, como as NFTs. Este perfil tem otimismo e energia de sobra, querem transformar o modo como as coisas acontecem e tem a capacidade de tornar o caos em algo incrível. É o momento ideal para cocriações e parcerias, que deram origem a tendências de consumo:

  • Design digital e NFTs, oriunda da colaboração entre profissionais de tecnologia e designers;
  • Monetização digital e maior adesão à criptomoedas;
  • Tecnologias que permitem sentir o metaverso, como dispositivos hápticos e recursos de olfato.

Nenhum mercado é estático, ele sempre evolui e muda suas necessidades. Com as mudanças geradas na pandemia, o comportamento do consumidor mudou e isso tem impactado diretamente nos negócios das empresas. Por isso, é indispensável estar atento ás tendências de mercado do seu nicho e adotar uma metodologia ágil para a melhor adoção de melhorias. Se quiser entender mais sobre tendências para o ano de 2023, confira este blogpost!

Olhar para o futuro e entender o que vem por aí é uma importante parte dos estudos de mercado. Quer ajuda nesta jornada? Entre em contato conosco e revolucione o seu negócio

Novidades Atualizadas

Publicação Relacionadas

Marketing

5 minutos de leitura

Como elencar os canais de marketing segundo o livro ‘Traction’

Artigos

4 minutos de leitura

A jornada de compra não é linear

Gestão

5 minutos de leitura

Tipos de inovação para o seu negócio

Marketing

4 minutos de leitura

Content Led Growth: Crescimento baseado em conteúdo de valor

Gestão

4 minutos de leitura

Desvendando as 10 Dimensões da Transformação Digital Empresarial

Marketing

4 minutos de leitura

Como criar campanhas de marketing mais assertivas?

AbstratoNews: Conteúdo de Transformação Digital e Inovação

Inscreva-se em nossa Newsletter semanal e receba insights.